A Disputa Eleitoral em Curitiba: Panorama das Intenções de Voto

A corrida eleitoral para a prefeitura de Curitiba, marcada para o dia 6 de outubro, começa a ganhar contornos mais definidos com os recentes dados da IRG Pesquisa, divulgados em 18 de setembro. Este levantamento, que entrevistou 800 eleitores entre os dias 13 e 17 de setembro, fornece uma visão aprofundada das intenções de voto e da rejeição dos candidatos.

Contexto do Levantamento

O IRG Pesquisa tem seu valor reforçado pela metodologia utilizada, que conta com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 3,47%. A pesquisa foi contratada pela TV Independência e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo PR-09090/2024. Além de captar as intenções de voto em cenários estimulados e espontâneos, a pesquisa também trouxe à tona as taxas de rejeição que cada candidato enfrenta.

Fonte: Pesquisa realizada pelo IRG. Imagem de uso livre.

Cenário Estimulador: Intenções de Voto

Na pesquisa estimulada, onde os nomes dos candidatos são apresentados de forma prévia, o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), lidera com 35% das intenções de voto, destacando-se claramente na corrida. Logo atrás está Luciano Ducci (PSB), com 17,5%, e Ney Leprevost (União), com 11%. O restante dos candidatos apresenta percentuais menores:

Resultados da Pesquisa Estimulada:

• Eduardo Pimentel (PSD): 35%
• Luciano Ducci (PSB): 17,5%
• Ney Leprevost (União): 11%
• Roberto Requião (Mobiliza): 9,5%
• Cristina Graeml (PMB): 7%
• Luizão Goulart (Solidariedade): 3%
• Maria Vitória (PP): 2,9%
• Professora Andrea Caldas (Psol): 0,5%
• Samuel de Mattos (PSTU): 0,1%
• Felipe Bombardelli (PCO): 0,1%
• Não sabe/não respondeu: 8,6%
• Branco/nulo/não irão votar: 4,8%

Análise dos Resultados Estimulados

As intenções de voto reforçam a posição de Pimentel como favorito na disputa, o que pode ser atribuído a seu atual cargo e aos benefícios da incumbência, como a visibilidade proporcionada pelo seu trabalho na vice-prefeitura. Além disso, a pesquisa revela um bom posicionamento de Ducci, que representa uma oposição à atual gestão, mas com desafios à frente.

Por outro lado, o percentual de indecisos (8,6%) e de pessoas que pretendem anular ou não votar (4,8%) demonstra um cenário de incertezas que pode impactar o resultado final da disputa.

Cenário Espontâneo: Quem os Eleitores Lembram Primeiro

Na pesquisa espontânea, onde os entrevistados mencionam candidatos sem apoio visual, Pimentel também se destaca, embora com uma porcentagem menor, de 26,1%. Os resultados são os seguintes:

Resultados da Pesquisa Espontânea:

• Eduardo Pimentel (PSD): 26,1%
• Luciano Ducci (PSB): 11,9%
• Ney Leprevost (União): 7%
• Roberto Requião (Mobiliza): 6,5%
• Cristina Graeml (PMB): 4,6%
• Luizão Goulart (Solidariedade): 1,5%
• Maria Vitória (PP): 1%
• Professora Andrea Caldas (Psol): 0,1%
• Rafael Greca: 0,1%
• Nenhum/Branco/Nulo: 4,4%
• Não sabe/não respondeu: 36,8%

Reflexão sobre a Pesquisa Espontânea

A dispersão dos votos na pesquisa espontânea pode apontar para uma falta de reconhecimento ou engajamento em relação aos candidatos, especialmente com os 36,8% que não souberam ou não responderam. Este dado é crucial, já que, em uma eleição competitiva, o conhecimento do candidato pode ser determinante para o sucesso.

Rejeição dos Candidatos: Um Fator Crucial

Além das intenções de voto, a rejeição dos candidatos é outro fator significativo que pode influenciar o resultado. A pesquisa revelou números preocupantes para alguns candidatos. A seguir, listamos os índices de rejeição:

Índices de Rejeição:

• Roberto Requião (Mobiliza): 35%
• Luciano Ducci (PSB): 13,3%
• Eduardo Pimentel (PSD): 12%
• Ney Leprevost (União): 6,9%
• Maria Vitória (PP): 6,1%
• Cristina Graeml (PMB): 2,9%
• Professora Andrea Caldas (Psol): 1,8%
• Luizão Goulart (Solidariedade): 1,1%
• Samuel Mattos (PSTU): 0,5%
• Felipe Bombardelli (PCO): 0,4%
• Nenhum/Branco/nulo: 8,6%
• Não sabe/não respondeu: 11,5%

Implicações dos Índices de Rejeição

O alto índice de rejeição de Roberto Requião pode ser um obstáculo significativo em sua campanha, refletindo uma resistência do eleitorado em relação ao seu histórico político. Por outro lado, a rejeição de Pimentel, apesar de estar em um nível tolerável, é algo que sua campanha deve monitorar de perto, visto que os dados indicam que ele é uma figura polarizadora.

Considerações Finais sobre a Pressão do Cenário Político

As próximas semanas serão cruciais para os candidatos, que precisam não apenas consolidar seus apoios, mas também trabalhar para amenizar suas taxas de rejeição. É fundamental que todos os concorrentes se atentem às percepções dos eleitores e ajustem suas estratégias de campanha conforme os dados apresentados.

As pesquisas eleitorais devem ser vistas não como previsões, mas como ferramentas que ajudam a compreender a dinâmica política e as expectativas dos eleitores. À medida que a data das eleições se aproxima, o cenário pode mudar rapidamente, e a capacidade dos candidatos de se adaptarem a essas mudanças pode ser a chave para o sucesso ou o fracasso nas urnas.

Conclusão

Um olhar atento sobre os resultados da IRG Pesquisa revela não só os candidatos preferidos, mas também as aspirações, medos e incertezas da população curitibana. A pesquisa é uma janela para o futuro da política na cidade e dá voz aos desejos da sociedade, que busca líderes que entendam e respondam às suas necessidades.

Com a atração de novos apoiadores, uma campanha bem estruturada e um diálogo aberto com eleitores, será possível mudar a trajetória em favor de uma candidatura ou outra. O que se sabe é que, em um cenário tão volátil, a única certeza é a da incerteza. O eleitor, mais do que nunca, será o protagonista dessa história a ser escrita no dia 6 de outubro.

Este conteúdo é original, livre de direitos autorais, e pode ser utilizado por qualquer pessoa ou organização que busque entender mais sobre o panorama eleitoral curitibano.