“Fundador do Pix deixa o Brasil para criar o ‘Pix Internacional’ nos EUA”

A saída de Carlos Eduardo Brandt do Banco Central para atuar no FMI reacende o debate sobre o futuro do Pix internacional e seu impacto no sistema financeiro global.

“Fundador do Pix deixa o Brasil para criar o ‘Pix Internacional’ nos EUA”
Pix Brasil

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O Pix internacional voltou ao centro das atenções após a saída de Carlos Eduardo Brandt, um dos arquitetos do Pix no Banco Central, para integrar o Fundo Monetário Internacional (FMI). A movimentação reacende discussões sobre a expansão do sistema brasileiro para operações globais e reforça o peso internacional da tecnologia desenvolvida no Brasil.

Em um cenário onde pagamentos instantâneos se tornam padrão em diversos países, a trajetória de Brandt agora passa a dialogar diretamente com iniciativas transfronteiriças dentro do FMI. Para o Brasil, a mudança simboliza tanto uma perda quanto uma potencial vantagem estratégica.


O que significa a saída de Carlos Eduardo Brandt para o FMI

Carlos Eduardo Brandt atuou por mais de vinte anos no Banco Central e foi uma das figuras centrais no desenho, implementação e aprimoramento do Pix.
Segundo informações publicadas por veículos como Bloomberg e relatórios institucionais do BC, a transformação digital promovida pelo Pix extrapolou expectativas internas, dobrando o número previsto de usuários logo no primeiro ano de operação.

Há cerca de três meses, Brandt deixou Brasília e mudou-se para Washington, nos Estados Unidos, onde assumiu uma função no FMI dentro da área de pagamentos e infraestrutura de mercados.

Essa transição coloca um especialista brasileiro — criador de um dos sistemas de pagamento mais eficientes do mundo — dentro de uma estrutura que coordena iniciativas globais de inclusão financeira e modernização digital.


Por que o Pix internacional voltou ao debate

A saída de Brandt coincide com um momento em que o Banco Central já testava modelos de integração entre sistemas de pagamentos instantâneos de vários países.
Soluções semelhantes ao Pix existem em mercados como Índia, Europa, Singapura e Austrália, mas ainda carecem de uma rede internacional unificada.

Entre os fatores que reacenderam o interesse:

Expansão do uso do Pix em viagens ao exterior

Alguns estabelecimentos na Europa e em outros países já iniciaram testes para aceitar o Pix por meio de conversão automática de moeda. Isso não significa um “Pix internacional” oficial, mas mostra que o mercado está criando caminhos paralelos.

Pressão por sistemas globais mais rápidos

O FMI e grupos reguladores defendem a criação de mecanismos de remessas mais simples, baratas e instantâneas entre países. O Pix é frequentemente citado como modelo eficiente.

A experiência do Brasil é vista como referência

Brandt, ao ingressar no FMI, leva consigo o conhecimento técnico e estratégico da implementação do Pix, reforçando a possibilidade de o sistema brasileiro influenciar padrões multilaterais.

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O que muda para o Brasil e para os usuários

Apesar de especulações, o Banco Central não confirmou nenhum “Pix internacional oficial” em curto prazo.
No entanto, a presença de Brandt no FMI pode acelerar debates e favorecer a adoção de padrões tecnológicos semelhantes ao Pix em acordos multilaterais.

Pontos que podem avançar:

  • Remessas mais rápidas entre países latino-americanos.
  • Redução de custos de transferências internacionais.
  • Criação de um protocolo global para pagamentos instantâneos.
  • Interoperabilidade entre sistemas nacionais (Pix, UPI Índia, SEPA Instant, entre outros).

Pontos que não mudam imediatamente:

  • O Pix brasileiro ainda funciona apenas dentro do território nacional.
  • A aceitação do Pix em estabelecimentos no exterior depende de empresas privadas que fazem a conversão cambial.
  • Não existe previsão oficial de uso do saldo em reais diretamente fora do Brasil.

A trajetória de Brandt e a relevância para o sistema financeiro

A carreira de Brandt no Banco Central foi marcada pela continuidade de uma tradição familiar: seu pai e seu avô também foram servidores da instituição.
Especialista em pagamentos, Brandt se tornou uma das vozes mais importantes no desenvolvimento de soluções modernas para o sistema financeiro brasileiro.

Seu impacto ficou evidente:

  • Em 2021, foi listado pela Bloomberg entre as 50 personalidades mais influentes do cenário global de negócios.
  • O Pix foi considerado uma das inovações mais relevantes da última década no setor financeiro.
  • O sistema supera hoje cartões de crédito e débito como método de pagamento preferido no Brasil.

A ida para o FMI consolida essa relevância em escala mundial.


Pix internacional: o que realmente está sendo construído

Para compreender o futuro, é preciso separar expectativas do que já existe em projetos formais.

O que já existe no mundo:

  • Protocolos de pagamento rápido entre alguns blocos económicos.
  • Parcerias bilaterais de pagamentos instantâneos (ex.: Índia e Singapura).
  • Testes de interoperabilidade digital liderados por bancos centrais.

O que está sendo discutido:

  • Uma rede global de pagamentos instantâneos.
  • Redução do custo de remessas internacionais (especialmente para países emergentes).
  • Integração com moedas digitais de bancos centrais (CBDCs).

Onde o Pix entra nisso:

O Pix se tornou um case internacional, usado como referência em debates sobre eficiência, segurança e inclusão.
A presença de Brandt no FMI tende a colocar o Brasil ainda mais na mesa dessas discussões.


FAQ — Perguntas frequentes sobre Pix internacional

O Pix já funciona fora do Brasil?
Não oficialmente. Alguns estabelecimentos aceitam o Pix via conversores de moeda operados por empresas privadas, mas isso não é o Pix internacional.

A saída de Brandt significa que o Pix vai se tornar global?
Não imediatamente, mas aumenta a influência do modelo brasileiro em debates internacionais.

O Banco Central planeja criar um Pix internacional?
O BC participa de grupos que discutem interoperabilidade global, mas não há data ou estrutura definida.

Poderei usar o Pix em viagens sem conversão?
Ainda não. A conversão é feita por intermediários e depende do câmbio local.

O FMI está desenvolvendo um sistema global de pagamentos?
O FMI discute padrões e diretrizes, mas não cria sistemas próprios. Ele coordena recomendações e boas práticas entre países.

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Conclusão

A mudança de Carlos Eduardo Brandt para o FMI acontece em um momento estratégico, quando o mundo busca soluções mais rápidas, baratas e seguras para pagamentos internacionais.
O Pix internacional ainda não é realidade, mas a participação de um dos seus principais criadores em uma instituição global pode acelerar debates e pavimentar caminhos.

Para o Brasil, isso reforça a posição de liderança em inovação financeira.
Para os usuários, abre a expectativa de um futuro onde enviar e receber dinheiro entre países possa ser tão simples quanto fazer um Pix hoje.

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