Haddad critica Selic alta e projeta crescimento de 2,5%

Haddad critica Selic alta e projeta crescimento de 2,5%

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Perspectivas Econômicas para 2025: Análise Crítica da Política Monetária e Seus Efeitos na Atividade Econômica

Em recente declaração à RedeTV, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o crescimento da atividade econômica projetado para 2025 deve ser reduzido a aproximadamente 2,5%. Essa diminuição é atribuída à política monetária restritiva em vigor no Brasil, que, segundo Haddad, tem impacto direto sobre o crescimento econômico.

Um Cenário de Crescimento Moderado

Expectativas de Crescimento do PIB

A projeção do ministro aponta uma queda substancial no crescimento da atividade econômica, que deve reduzir de 3,5% para 2,5%. Essa mudança reflete a necessidade de acomodar as pressões inflacionárias. Haddad foi enfático ao dizer que a taxa de juros brasileira já se encontra em um patamar que desacelera a economia.

Risco de Taxas Elevadas

Haddad alertou que um nível excessivamente alto da taxa de juros pode se tornar “contraproducente”. Ele expressou preocupação de que a política atual, embora vise conter a inflação, possa levar a um crescimento ainda mais lento da economia.

Revisão do PIB: Uma Possibilidade?

Quando questionado sobre a possibilidade de uma revisão da projeção do PIB para 2%, Haddad foi claro em sua posição. Ele acredita que há espaço suficiente para um crescimento de 2,5%, focando sempre na tarefa de reduzir a inflação. Segundo ele, essa previsão é realista e pode ser alcançada com o manejo adequado das políticas econômicas.

Desafios do Semestre Atual

Reconhecimento das Dificuldades

O ministro admitiu que o semestre atual será desafiador para a economia brasileira, um reconhecimento que visa preparar o público e os agentes econômicos para a turbulência econômica, em função das taxas de juros elevadas. Esta, segundo Haddad, é uma realidade com a qual todos devemos lidar.

A Selic e a Nova Gestão do Banco Central

Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25%. Essa mudança ocorreu sob a nova presidência de Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo da Fazenda. Haddad, que criticou a alta dos juros durante a gestão anterior de Roberto Campos Neto, reafirma a necessidade de que a política monetária seja aplicada de maneira cautelosa para evitar efeitos adversos sobre a economia.

O “Remédio” da Taxa de Juros

A Dose Certa é Fundamental

Haddad comparou a política monetária a um remédio, dizendo que, assim como qualquer tratamento, é necessário encontrar a dose correta para garantir a eficácia sem causar danos. Ele enfatizou que uma taxa excessivamente alta pode não apenas ser ineficaz, mas também prejudicial ao crescimento econômico.

Perspectivas para os Preços dos Alimentos

Expectativas de Safra e Presença do Dólar

Durante a entrevista, o ministro também foi questionado sobre a expectativa de preços dos alimentos no mercado. Ele acredita que, devido a uma previsão de safra recorde e à expectativa de uma acomodação do dólar, os preços devem se estabilizar, ainda que em níveis elevados até que a produção normalize as distorções atuais. Essa estabilização será crucial não apenas para a inflação, mas também para a confiança do consumidor.

A Questão das Competências no Banco Central

Avaliação do Novo Presidente do Banco Central

Quando Haddad foi perguntado sobre a performance de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central e a adequação das taxas de juros, ele destacou a competência técnica dos profissionais envolvidos. Contudo, observou que erros podem ocorrer, independentemente da autonomia da instituição. A autocrítica é uma necessidade saudável no tocante à política econômica, pois a administração sempre conta com a possibilidade de falhas humanas.

Diplomacia e Comércio Exterior

Abertura de Novas Parcerias Comerciais

Outra questão abordada por Haddad foi a política de comércio exterior do Brasil. Segundo ele, é essencial manter uma relação comercial robusta com os Estados Unidos, mas igualmente vitais são as relações com a União Europeia, a China e o Sudeste Asiático. O ministro salientou que o Brasil não deve se atar a um único bloco, mas explorar parcerias com múltiplas economias.

Oportunidades de Parcerias Ecológicas

Sobre a política tarifária dos Estados Unidos, Haddad sugeriu que o caminho a ser seguido é um de diplomacia e diálogo. Ele indicou que, se houver vontade da parte dos Estados Unidos em avançar na transformação ecológica, isso poderia resultar em novas oportunidades de cooperação entre os países.

Conclusão

O futuro econômico do Brasil para 2025 está desenhado em um quadro de cautela e oportunidades. Com políticas macroeconômicas visíveis em mudança, é vital que o governo encontre um equilíbrio entre a luta contra a inflação e o incentivo ao crescimento econômico. Fernando Haddad, como ministro da Fazenda, tem a responsabilidade de conduzir o país por meio dessas águas tumultuadas, buscando sempre o crescimento sustentável e a estabilidade de preços.

[Ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo](https://s2-valor.glbimg.com/m3eaH0sgk2Lc6TAygpWz-NFMNos=/0x0:3688x2459/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/q/m/8f9LpUS3CaLFbcA6cQ0A/109856146-pa-20-20bras-c3-adlia-20df-2029-01-2025-20ministro-20da-20fazenda-20fernando-20haddad-20fala-20com-20a-20imprensa-20ap-c3-b3s-20r.jpg)

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