ICMS dos combustíveis sobe a partir de janeiro de 2026 e deve pesar no bolso
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Novo ICMS entra em vigor em janeiro de 2026 e deve elevar preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha em todo o país.
A partir de 1º de janeiro de 2026, entram em vigor em todo o Brasil os novos valores do ICMS sobre combustíveis, o que deve provocar aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha (GLP). O reajuste foi definido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e segue o modelo de cobrança em valor fixo por litro ou quilo, adotado desde 2022.
A medida tem impacto direto no orçamento das famílias e também nos custos de transporte e logística, com reflexos em diversos setores da economia.

Quanto o imposto vai subir
Com o reajuste anual do ICMS, os novos valores passam a ser:
- Gasolina: de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro, alta de R$ 0,10, o equivalente a 6,8%;
- Diesel e biodiesel: de R$ 1,12 para R$ 1,17 por litro, aumento de R$ 0,05, ou 4,4%;
- Gás de cozinha (GLP): de R$ 1,39 para R$ 1,47 por quilo, acréscimo de R$ 0,08 por quilo, o que representa cerca de R$ 1,05 a mais em um botijão de 13 kg.
Por se tratar de um imposto estadual cobrado de forma padronizada em todo o país, os novos valores passam a valer simultaneamente em todos os estados.
Por que o ICMS é cobrado em valor fixo
Desde a aprovação da Lei Complementar nº 192/2022, o ICMS sobre combustíveis deixou de ser calculado como percentual do preço final e passou a ser cobrado no modelo chamado de “ad rem”, ou seja, um valor fixo por unidade.
A justificativa foi reduzir a volatilidade da arrecadação dos estados diante das oscilações do petróleo no mercado internacional e do câmbio. Todos os anos, o Confaz faz uma atualização com base nos preços médios apurados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Impacto direto no preço final
Na prática, especialistas avaliam que o aumento do imposto tende a ser repassado ao consumidor. Distribuidores e postos costumam ter pouca margem para absorver elevações tributárias, o que faz com que o reajuste apareça rapidamente no preço da bomba.
No caso da gasolina, o acréscimo de R$ 0,10 no ICMS pode resultar em um aumento equivalente no valor final. Já o diesel, combustível essencial para o transporte de cargas, pode gerar efeitos em cadeia, elevando custos de frete e pressionando preços de alimentos e produtos industrializados.
O aumento no GLP também preocupa, já que o gás de cozinha é um item essencial para a maioria das famílias brasileiras.
Economia e Inflação
Economistas alertam que o reajuste do ICMS sobre combustíveis pode pressionar a inflação nos primeiros meses de 2026, principalmente por causa do impacto indireto no transporte e na logística.
Setores como agronegócio, comércio e serviços devem sentir os efeitos do diesel mais caro, enquanto o aumento da gasolina afeta tanto o transporte individual quanto o coletivo. Já o gás de cozinha mais caro pesa especialmente no orçamento das famílias de baixa renda.
O que muda para o consumidor
Com a entrada em vigor dos novos valores, o cenário esperado é:
- preços mais altos nos postos de combustíveis;
- aumento nos custos de transporte e frete;
- gás de cozinha mais caro nos pontos de revenda;
- possível reflexo nos preços de alimentos e serviços ao longo de 2026.
Especialistas recomendam que consumidores e empresas considerem o impacto do reajuste em seus orçamentos e planejamentos financeiros para o próximo ano.
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