Reajuste Bancário 2024: Propostas Dividem Categoria e Geram Indignação

Reajuste Bancário 2024: Propostas Dividem Categoria e Geram Indignação

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Fenaban e a Situação dos Bancários: A Luta por Implantar um Aumento Justo

A batalha entre os bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continua em um cenário onde as propostas de reajuste salarial têm gerado grande descontentamento na categoria. Com os bancários exigindo um aumento real, as propostas apresentadas pela Fenaban, que segmentam os trabalhadores em diferentes faixas salariais, têm sido consideradas inadequadas e insuficientes.

O Cenário Atual: Propostas e Rejeições

Na reunião realizada no dia 28 de setembro, a Fenaban sugeriu um reajuste escalonado que desconsiderou um aumento real para a grande maioria dos trabalhadores. Essa proposta oferece diferentes porcentagens de aumento de acordo com a faixa salarial, culminando em um resultado que favorece apenas uma parte da categoria.

Reajustes Oferecidos pela Fenaban

  • Faixa 1 (salários até R$ 5.593,97): Reajuste de 4%, representando um aumento real de apenas 0,09%.
  • Faixa 2 (salários entre R$ 5.593,98 e R$ 8.360,95): Aumento de 3,95%, criando um aumento real de 0,04%.
  • Faixa 3 e 4: Apenas a reposição da inflação, sem qualquer aumento real.

Esta nova proposta também estabelece que os reajustes para os trabalhadores das duas primeiras faixas sejam feitos já em setembro, enquanto as duas últimas faixas receberiam suas correções apenas em dezembro. Além disso, os valores de Vale Alimentação (VA), Vale Refeição (VR), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seriam baseados em 100% do INPC, mas apenas com aplicação a partir de novembro.

Movimento Sindical e Mobilizações

Com a proposta da Fenaban sendo amplamente rejeitada, o Comando Nacional dos Bancários se mobilizou para pressionar por negociações mais justas. A presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando, Neiva Ribeiro, expressou sua indignação quanto à falta de um ajuste digno para todos os trabalhadores e lamentou a desigualdade nas remunerações dos altos executivos e dos bancários.

Mobilização e Participação Ativa

A mobilização já começou a tomar forma, com convocatórias a plenárias e manifestações. Os bancários realizaram paralisações parciais em diversos pontos do Brasil, mostrando unidade e determinação na busca por melhores condições de trabalho e remuneração.

Plenárias e Assembleia

Na plenária marcada para o dia 29 de setembro, os bancários foram incentivados a participar ativamente para organizar uma resistência efetiva e garantir que suas vozes fossem ouvidas nas mesas de negociação.

Desigualdade Salarial: Um Contraste Abissal

Um dos pontos mais críticos nesta luta são os altos salários dos diretores dos grandes bancos. Em 2024, as previsões indicam que cada um dos diretores dos quatro maiores bancos do Brasil (Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil) deve receber, em média, R$ 9,2 milhões por ano. Essa quantia é 115 vezes superior à remuneração anual de um escriturário, levando em consideração todos os benefícios.

Comparação de Remunerações

  • Remuneração de Diretores: R$ 9,2 milhões.
  • Remuneração de Escriturários: Em média, R$ 80 mil/ano (considerando salário, 13º, férias e PLR).
  • Diferença de Remuneração: Executivos ganham 115 vezes mais que os escriturários.

Esses dados expõem uma disparidade preocupante que reflete a desvalorização dos trabalhadores da base em relação aos altos executivos, o que fortalece a necessidade de uma mobilização contínua por parte dos bancários.

Análise das Propostas Anteriores

Ao longo das mesas de negociação, as propostas por parte da Fenaban têm sido uma constante fonte de descontentamento. Desde a primeira mesa, quando a proposta apresentada foi meramente uma reposição da inflação, até as últimas sugestões, as críticas se intensificaram.

Histórico das Mesas de Negociação

  1. Primeira Mesa: Debate sobre empregos.
  2. Segunda Mesa: Discussão de cláusulas sociais, incluindo teletrabalho.
  3. Terceira Mesa: Igualdade de oportunidades.
  4. Quarta Mesa: Foco em PCDs, neurodivergentes e segurança.
  5. Quinta Mesa: Saúde e condições de trabalho.
  6. Sexta e Sétima Mesas: Discussões sobre cláusulas econômicas.
  7. Oitava e Nona Mesas: Propostas de retiradas de direitos e reajuste abaixo da inflação.
  8. Décima Mesa: Propostas ainda mais rebaixadas.

Esses encontros ilustram não apenas a luta por melhores salários, mas também a busca por condições de trabalho dignas e equitativas para todos os trabalhadores do setor.

A Perspectiva Futuro e Proximidade das Negociações

As negociações com a Fenaban vão continuar em um ciclo que ainda promete debates acalorados. As próximas mesas de discussões estão agendadas, e o Comando Nacional dos Bancários se mantém firme na defesa dos interesses da categoria, planejando novas mobilizações e assembleias.

Importância da Participação Coletiva

A participação dos bancários é fundamental neste momento. A união da categoria em prol de um objetivo comum poderá fortalecer a luta e mudar o cenário atual. As assembleias convocadas pelo Comando Nacional visam garantir que todos tenham voz e possam contribuir para a construção de um acordo que atenda às expectativas de justiça salarial.

Fechamento e Convite à Mobilização

A situação dos bancários reflete uma luta mais ampla contra as desigualdades sociais e econômicas que permeiam o setor financeiro. Com a proposta de reajuste salarial da Fenaban sendo considerada insuficiente, a mobilização dos trabalhadores se torna uma ferramenta essencial para garantir melhores condições de vida e trabalho.

Bancários e bancárias são convocados a se manterem informados e engajados nas ações do seu sindicato. Juntos, poderão fazer uma diferença significativa nas negociações e conquistar melhores condições trabalhistas e salariais. A luta pela valorização dos trabalhadores bancários continua e é um esforço coletivo. É o momento de se unir e lutar por um futuro mais digno.

Imagem de mobilização retirada de site com licença de uso gratuito.

Essa luta é de todos nós!

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