Treinar em jejum pode trazer mais riscos do que benefícios, alerta estudo
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Estudo alerta que treinar em jejum pode aumentar riscos à saúde e não garante melhores resultados físicos, como muitos acreditam.
A prática de treinar em jejum, bastante popular entre pessoas que buscam emagrecimento rápido ou definição muscular, pode não ser tão vantajosa quanto parece. Um estudo recente divulgado por especialistas em saúde e exercício físico aponta que essa estratégia pode trazer mais riscos do que benefícios, especialmente quando adotada sem orientação adequada.
Apesar de ser defendida por influenciadores fitness e associada à queima de gordura, a ciência começa a questionar se os ganhos realmente compensam os possíveis prejuízos ao organismo.
Por que muitas pessoas treinam em jejum
A ideia por trás do treino em jejum é simples: como o corpo estaria com baixos níveis de glicose, ele passaria a usar a gordura como principal fonte de energia. Esse conceito ganhou força principalmente em treinos aeróbicos realizados logo pela manhã, antes da primeira refeição do dia.
No entanto, especialistas alertam que o funcionamento do corpo é mais complexo do que essa lógica sugere.
O que o estudo aponta
De acordo com a pesquisa, treinar sem se alimentar previamente pode levar a queda de rendimento, maior sensação de fadiga e dificuldade de manter a intensidade do exercício. Em vez de acelerar resultados, o jejum pode limitar o desempenho e reduzir os benefícios do treino.
Além disso, o estudo indica que o corpo pode passar a utilizar massa muscular como fonte de energia, o que vai contra o objetivo de quem busca definição ou ganho de força.

Riscos à saúde
Entre os principais riscos associados ao treino em jejum estão:
- Tontura e fraqueza durante o exercício
- Queda de pressão arterial
- Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue)
- Aumento do estresse físico no organismo
Esses efeitos podem ser ainda mais perigosos para pessoas com problemas metabólicos, histórico de desmaios ou que realizam treinos intensos.
Emagrecer sem comer antes funciona?
Os pesquisadores ressaltam que não há evidências sólidas de que treinar em jejum traga vantagens significativas para a perda de gordura a longo prazo. O fator mais importante para o emagrecimento continua sendo o equilíbrio entre alimentação adequada, regularidade nos treinos e descanso.
Em muitos casos, comer uma refeição leve antes do treino pode melhorar o desempenho, permitir maior gasto calórico e reduzir o risco de efeitos colaterais.

Cada corpo reage de forma diferente
Especialistas reforçam que não existe uma regra única. Algumas pessoas relatam se sentir bem treinando em jejum, enquanto outras apresentam sintomas negativos logo nos primeiros minutos de atividade.
Por isso, a recomendação é evitar modismos e buscar orientação profissional, ajustando a alimentação e o treino às necessidades individuais.
O treino em jejum, embora popular, não é uma estratégia isenta de riscos. O estudo reforça que os possíveis benefícios são limitados e que os prejuízos à saúde e ao desempenho podem ser maiores do que se imagina.
Antes de adotar qualquer prática alimentar associada ao exercício físico, o mais seguro é priorizar o equilíbrio, a saúde e a orientação especializada — evitando atalhos que podem custar caro no longo prazo.
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